ele continuou, “mas agora estou indo, para não retornar... e a
você, meu melhor amigo, estou dando minha pérola.” O velho
homem fez a combinação do cofre e retirou dele um pacote
cuidadosamente embrulhado. Abrindo gentilmente o cordão,
ele pegou uma pérola enorme e colocou-a na mão do servo de
Deus. Era uma das maiores pérolas já encontradas na costa da
Índia e ela brilhava com um esplendor e um brilho nunca vistos
em pérolas cultivadas. Ela valeria uma quantia fabulosa em
qualquer mercado.
Por um momento o servo de Deus ficou sem palavras e olhou
fixamente admirado. “Rambhau,” ele disse, “esta é uma pérola
incrível, uma pérola maravilhosa. Me deixe comprá-la. Eu daria
dez mil rúpias por ela.”
“Senhor,” disse Rambhau, enrijecendo seu corpo inteiro, “esta
pérola não tem preço. Nenhum homem em todo o mundo tem
dinheiro suficiente para pagar o que esta pérola vale para mim.
No mercado, um milhão de rúpias não poderia comprá-la. Eu
não vou vendê-la. Você só pode aceitar como um presente.”
“Não, Rambhau, eu não posso aceitar isso. Por mais que eu
queira a pérola, eu não posso aceitar dessa forma. Talvez eu seja
muito orgulhoso, mas assim é fácil demais. Eu preciso pagar por
ela ou trabalhar por ela.”
O velho caçador de pérolas estava chocado. “Você não entende,
senhor. Você não vê? Meu único filho deu sua vida para ter essa
pérola, e eu não venderia ela por dinheiro algum. Seu valor está
no sangue do meu filho. Eu não posso vendê-la, mas permita
que eu dê ela a você. Apenas aceite como símbolo do amor que
tenho por você.”
O Maior Presente
David ficou atônito e por um momento não conseguiu falar.
Então agarrou a mão do velho homem. “Rambhau,” ele disse
com uma voz suave, “você não vê? Isso é o que você tem dito
a Deus”. O mergulhador olhou penetrantemente por um longo
tempo para o servo de Deus e lentamente começou a entender.