A pérola incomparável | Page 4

gratuita de Cristo. Em uma tarde Morse atendeu a uma batida na porta e encontrou Rambhau. “Meu bom amigo!” exclamou Morse. “Entre, Rambhau.” “Não,” disse o caçador de pérolas, “Eu quero que você venha até minha casa por um momento. Eu tenho algo que preciso mostrar a você. Por favor, não diga que não.” O coração do seu amigo bateu forte. Talvez Deus estivesse finalmente atendendo a sua oração. “É claro, eu irei,” ele disse. Um Bom Presente “Daqui a uma semana eu vou para Deli, você sabe,” disse Rambhau enquanto se aproximavam de sua casa, dez minutos mais tarde. O coração do servo de Deus apertou. Morse sentou na cadeira que seu amigo tinha feito especialmente para ele, onde muitas vezes ele havia se sentado para explicar ao mergulhador sobre o caminho de Deus para o céu. Rambhau deixou a sala para logo retornar com um pequeno, porém pesado, cofre inglês. “Eu tenho essa caixa há anos,” ele disse. “Guardo somente uma coisa nela. Agora vou lhe falar sobre isso. Sr. Morse, uma vez eu tive um filho.” “Um filho! Por que, Rambhau, você nunca disse uma palavra sobre ele!” “Não, senhor, eu não conseguia.” Enquanto falava, os olhos do mergulhador se encheram de lágrimas. “Agora, eu devo lhe contar, porque vou partir em breve, e quem sabe se vou mesmo retornar? Meu filho também era um mergulhador. Ele era o melhor caçador de pérolas na costa da Índia. Ele tinha o mergulho mais rápido, o olho mais aguçado, o braço mais forte e o fôlego maior do que qualquer homem que procurava por pérolas. Que alegria ele me trouxe! Ele sempre sonhou encontrar uma pérola melhor do que todas já encontradas. Um dia ele a encontrou. Mas quando encontrou, ele já estava embaixo da água por muito tempo. Ele perdeu sua vida logo depois.” O velho caçador de pérolas inclinou sua cabeça e por um instante todo seu corpo estremeceu. “Todos estes anos eu guardei a pérola,”