Ainda assim, ele não conseguia descartar
completamente a ideia.
Uma oferta foi feita pelo escravo e foi
finalmente aceita. O escravo tinha ouvido
somente uma pequena parte da conversa.
Ele se enganou em relação às intenções do
mercador e achou que aquele estrangeiro o
estava comprando para uso próprio, em seu
país de origem. Quando o negociante voltou,
o escravo o confrontou com os olhos repletos
de indignação: “Você se diz um britânico
livre, um inimigo da escravidão e ainda assim
me compra? Você não acha que tenho tanto
direito à liberdade quanto você?”
O escravo continuou com seu discurso
revoltado, quando então o mercador se virou
e, olhando para ele com compaixão, disse:
“Eu lhe comprei para lhe libertar”. Os traços
da ira desapareceram imediatamente do seu
rosto. O escravo então começou a chorar e
se ajoelhou perante o homem que o havia
libertado. Foi quando afirmou: “Você comprou
o meu coração! Para sempre serei seu escravo,
de livre e espontânea vontade!”