Um forte borbulho foi seguido por várias ondulações, e
então a água abaixo do cais ficou calma. Seu amigo se
agachou no baixo cais indiano, seus olhos se fixaram no
local onde pequenas bolhas subiam à superfície desde o fundo
da água. De repente, uma cabeça preta surgiu e um par de olhos
brilhantes olhou para cima. Em seguida, o velho mergulhador
indiano caçador de pérolas subiu até o cais, sorrindo e sacudindo
a água de seu corpo reluzente e oleado.
Amigos
“Um mergulho tão bom como eu nunca vi, Rambhau!” gritou seu
amigo, David Morse.
“Olhe só para esta,” disse Rambhau, pegando uma grande ostra
de entre seus dentes. “Eu acho que vai ser boa.”
Morse pegou-a e, cheio de curiosidade, abriu-a com sua faca
de bolso. Rambhau estava tirando outra pequena ostra de sua
tanga. “Rambhau! Olhe!” exclamou Morse. “É um tesouro!”
“Sim, é boa”, disse o mergulhador dando de ombros.
“Boa! Você já viu uma pérola melhor? Ela é perfeita, não é?”
Morse rolou e rolou a pérola entre os dedos e então entregou
ao indiano.
“Ah, sim, existem pérolas melhores, muito melhores. Porque
eu tenho uma...” sua voz diminuiu. “Veja essa – as imperfeições
– as manchas pretas aqui, essa pequenina falha; até mesmo o
formato é um pouco alongado, mas é uma boa pérola. É como
você fala do seu Deus. As pessoas parecem perfeitas para si
mesmas, mas Deus as vê como realmente são.” Os dois homens
iniciaram o empoeirado caminho até a cidade.
“Você está certo, Rambhau. E Deus oferece uma justiça perfeita
a todos que simplesmente crerem e aceitarem Sua oferta
gratuita de salvação por meio de Seu amado Filho.”
“Mas, senhor, como eu já disse a você muitas outras vezes, isso
é fácil demais. Eu não consigo aceitar isso. Talvez eu seja muito
orgulhoso. Eu preciso trabalhar para ter meu lugar no céu.”